domingo, 16 de outubro de 2011

Felicidade não vende

A felicidade e o amor afastaram toda inspiração que me impulsionava ligar a válvula de escape, sempre que enchia escrevia, escrevia, escrevia, escrevia... Até sentir-me leve.
Tenho experimentado muitos momentos de leveza, não poderia reclamar dessa fase é sem sombra de dúvidas a melhor que já vivi. Os problemas não sumiram, por vezes aparecem um ou outro, porém quando coloco tudo em uma balança a parte boa é a parte maior de tudo.
Sempre compartilhei meus excessos por aqui, nada mais justo do que compartilhar o excesso de leveza. E aí aparece a parte difícil: somem as palavras, a inspiração e tudo parecem pouco para descrever, parece nada.
Não quero só dizer que o que vivo é bonito. Não quero só dizer que me faz feliz. Não quero dizer que fico arrepiada só de pensar. Nem quero só dizer o quanto amo os pés dela junto aos meus.
Quero dizer o quanto me conforta as mãos dadas. Dos momentos que são os mais aguardados. De como me dá uma enorme segurança. De como deitar no seu ombro me faz sorrir de olhos fechados.
Eu quero dizer que isso tudo me conforta, alivia e aquece meu coração.
Entretanto como dizer qualquer coisa, quando tudo é tão bom que faltam palavras? 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pós B.

Estava prestes a dizer, tinha prometido que só o faria quando sentisse de verdade. Sempre fui contra a banalização, o amar como se ama hoje. Acho que me expressei mal, não que ache erradas as pessoas que expõe o que sente e dizerem “eu te amo”. Não de forma alguma, é um problema comigo mesma nunca fui capaz de entender como se é capaz de amar tão rápido e desamar com a velocidade triplicada e isso é o que mais vejo no mundo contemporâneo. Não posso julgar o que os outros dizem sentir, porém posso adotar uma postura diferente da que não me convém.
Por isso acabei nunca falando de amor nos meus relacionamentos, pelo simples fato de não o sentir nos anteriores. Quando aparecia um “eu te amo”, mudava de assunto ou entrava em pânico por não está conseguindo corresponder aquele sentimento e dava fim aquilo.
Agora que estou aqui com a frase presa na garganta, esperava que algo fizesse sentindo. Mas não fez/ não faz. Mas se não fazer sentindo é necessário para sentir o que estou sentindo, eu não quero que algum dia faça. Acho que aqui está o segredo e a beleza de tudo isso!
Minhas concepções estão alteradas. Tudo, TUDO mesmo está tão melhor agora: As piadas, seduções ( que se fosse outr@ me brocharia) , choros ( a parte canceriana da relação), dramas, orgasmos em milhões, pós sexo, carências de abraços , dancinhas , almoço em família , hipoglicemias, refluxos , um mês uma faz o jantar e a outra a sobremesa ,  o recorde de 5 minutos tentando ser sociáveis, planos pro Cisco, programações de viagens , artilharias contra zumbis ...
São partes do NÓS, que não fazem qualquer sentindo. E quando se começa a ver graça em todas essas falta de sentindo, não há escapatória. Nem para alguém que proíba palavras. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pausa

Estou atravessando uma escassez de criatividade, não me sinto inspirada. Um amigo costumava dizer que para escrever é necessário uma porcentagem maior de suor que de inspiração. Deveria está em torno de somente 5% de inspiração necessária para registrar um bom texto. Neste momento sou obrigada a discordar dele, quando não se tem inspiração não se consegue forçar o suor ,sabe?
Acho que a inspiração vem no momento certo, quando é preciso dizer algo .

domingo, 17 de julho de 2011

Aqui mas Lá

Minha teoria pode contradizer as leis da física, mas o que vou afirmar é relato de experiência própria: O teletransporte é possível, sei disso, pois faço uso desta técnica desde... Acho que desde sempre.
Posso te ensinar se quiser, é bem simples. Primeiro tenha em mente um lugar ou uma pessoa ou um momento que queira está, imagine deixando que seus pensamentos te transportem até sentir que deixou o lugar que estava primeiro. Viu é bem simples, entendo que você deve estar pensando que meu modelo de teletransporte é só pensar/imaginar onde gostaria de estar. E é isso mesmo.
Acontece que o que entendo por estar presente em um lugar, é estar por inteiro. Sabe como é? Esquece seu corpo que se encontra aqui, seu corpo isso não importa. Sem pensamentos, alma, essência ou sei lá como costuma chamar seu corpo é só corpo sem isso, ou seja, nada. Agora mesmo estou aqui de corpo, mas o que realmente importa está lá com Ela. Como posso afirmar que só por que meu corpo está aqui, estou presente de verdade? 

sábado, 21 de maio de 2011

Nosso próprio tempo

Deveria me vestir, parecia que havia acabado de chegar sempre tenho essa sensação quando estou com você. É necessário abrir a janela para me convencer que já estou nos seus braços há muito tempo. Já estar escuro, era dia quando cheguei não era? Talvez o tempo passe de forma diferente para gente, mais rápido com certeza.


Nossa continuo aqui, adiando minha ida. Preciso me vestir “Baby” e ir embora, apesar de ter acabado de chegar. Pode me ajudar a fechar o sutiã? Quer saber em qual fecho coloco? O do meio, nem tão solto e nem tão apertado... É eu sei isso só confirma o quanto sou indecisa até mesmo para fechar um sutiã.

Mas tem algo que tenho certeza agora, quero tirar essa roupa e me enlaçar novamente em suas pernas. Sei que disse que queria ir embora, bom na verdade me expressei de forma errada, não queria. NÃO QUERO ir. Mas tenho, é preciso! Se ficar aqui por mais tempo tem o perigo de enjoar de mim. Ai meu Deus, tinha prometido não voltar nessa pauta, desculpe. Porém o medo disso acontecer não some que você acabe enjoando do meu cheiro, da minha chatice, dos nossos enlaces de pernas nunca se sabe qual perna é minha ou sua...

Acredito que depois que te encontrei, que nos achamos é mais poético assim não acha? Então depois que nos achamos não sei, mas o que é seu ou meu, depois de nossos encontros é o que ele criou da gente sou o seu cheiro em misto com o meu, sou as marcas de excitação e desejo no corpo, sou a saudade pós até logo... E você, MINHA mulher (posso falar assim com ênfase no MINHA?). O que você é depois de nós?

Então vamos deixar isso para depois, olhei para fora da sua janela e já estar amanhecendo. Então sugiro que aproveitemos assim enlaçadas, afinal temos todo o tempo por que acabei de chegar.



"A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz
E passar rápido pra mim"
(O tempo - Móveis Colonias de Acaju)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eu amo

É estranho estar escrevendo um texto que não tenha sequer uma menção sobre dramas amorosos ou alguma evidência sobre um novo ou velho ou repetido affair .Entrei em um novo estágio da vida, perdendo essa ânsia de precisar estar sempre apaixonada ,na verdade ando tentando conhecer alguém que esperou quase 20 anos para ser notada, tenho tido ótimos encontros eu comigo mesma . Esbarro a cada dia em uma novidade que desconhecia da minha personalidade.
Passei tanto tempo me apaixonando ou procurando estar apaixonada que me esqueci de quem de fato precisava de atenção EU, EUZINHA AQUI assim com letras grandes e em negrito. Depois que se nota isso é inevitável não cair no clichê “Deve se amar primeiro, pra depois dar amor alguém” Sempre achei que era frase de quem não tinha ninguém e precisava de desculpa pra isso, mas não, não é. É frase para quem não tem mais desespero de encontrar uma metade, que descobriu que era inteiro que sempre tinha sido e não precisa de ninguém pra preencher buracos pois já é completo, todos somos, mas não damos tempo pra nos conhecermos e notar. Faço isso tudo sem estar me isolando ou me tornando um ser egoísta, só estou experimentando me amar antes de amar qualquer outro. Para quem sabe um dia apelar para o clichê de transformar meu amor próprio para algo que possa ser passado adiante.  

quinta-feira, 10 de março de 2011

Escrita(ção)

Uso a escrita como uma libertação, sempre que preciso desencanar de alguém ou por fim em algo escrevo. Acredito que assim transporto uma parcela do que sinto para o papel e para os que lêem: divido dores, amores, alegrias e tantos outros sentimentos que julgo não agüentar sozinha.
Quando vocês lêem o que escrevo, estão levando um pedaço do que sinto me ajudando a diminuir um pouco toda essa carga de emoção. Depois que escrevo,não retorno mais,  acho que se o fizesse traria de volta alguns sentimentos, pessoas , momentos... Isso não faria bem, resgatar o que deixei.
Por fim reconheço que estou te deixando, abandonei tantos pedaços seus em meus escritos  não acho mais a parte inteira e não retornaria ao que deixei não iria adiantar tentar o que já não deu certo, não daria em nada como nas outras vezes. Afinal só eu vivi essa história e onde  você estava além do papel? Agora estou me abrindo, aceitando novos momentos e novas pessoas. Quando precisar esquecer destas faço como fiz com você, escrevo e deixo os sentimentos e pedaços divididos entre o papel e as pessoas ...


"Publicar um texto é um jeito educado de dizer: "Me empresta seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu." (Tati Bernardi)