sábado, 21 de maio de 2011

Nosso próprio tempo

Deveria me vestir, parecia que havia acabado de chegar sempre tenho essa sensação quando estou com você. É necessário abrir a janela para me convencer que já estou nos seus braços há muito tempo. Já estar escuro, era dia quando cheguei não era? Talvez o tempo passe de forma diferente para gente, mais rápido com certeza.


Nossa continuo aqui, adiando minha ida. Preciso me vestir “Baby” e ir embora, apesar de ter acabado de chegar. Pode me ajudar a fechar o sutiã? Quer saber em qual fecho coloco? O do meio, nem tão solto e nem tão apertado... É eu sei isso só confirma o quanto sou indecisa até mesmo para fechar um sutiã.

Mas tem algo que tenho certeza agora, quero tirar essa roupa e me enlaçar novamente em suas pernas. Sei que disse que queria ir embora, bom na verdade me expressei de forma errada, não queria. NÃO QUERO ir. Mas tenho, é preciso! Se ficar aqui por mais tempo tem o perigo de enjoar de mim. Ai meu Deus, tinha prometido não voltar nessa pauta, desculpe. Porém o medo disso acontecer não some que você acabe enjoando do meu cheiro, da minha chatice, dos nossos enlaces de pernas nunca se sabe qual perna é minha ou sua...

Acredito que depois que te encontrei, que nos achamos é mais poético assim não acha? Então depois que nos achamos não sei, mas o que é seu ou meu, depois de nossos encontros é o que ele criou da gente sou o seu cheiro em misto com o meu, sou as marcas de excitação e desejo no corpo, sou a saudade pós até logo... E você, MINHA mulher (posso falar assim com ênfase no MINHA?). O que você é depois de nós?

Então vamos deixar isso para depois, olhei para fora da sua janela e já estar amanhecendo. Então sugiro que aproveitemos assim enlaçadas, afinal temos todo o tempo por que acabei de chegar.



"A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz
E passar rápido pra mim"
(O tempo - Móveis Colonias de Acaju)